Sauim-de-Colera: risco de extinção.

Pequeno primata está na lista nacional e internacional de espécie

Texto: Mayane Queiroz

Encontrados na Amazônia, nas regiões dos municípios de Manaus, Itacoatiara e Rio Preto da Eva, o sagui (saguinus bicolor) conhecido como sauim-de-colera pode entrar em extinção. Ele pertence à família Callitrichidae, primata neotropical de tamanho pequeno.

É uma das espécies mais ameaçadas do País, devido a parte de seu habitat ter sido devastado com o crescimento da capital Manaus.

A Universidade Federal do Amazonas (UFAM) por intermédio do professor Dr. Marcelo Gordo desenvolveu o Projeto Sauim-de-Colera que se transformou em um programa, porque outros projetos ganharam sequência. As pesquisas realizadas pela iniciativa é voltada a conhecer melhor a espécie e depois aplicar esse conhecimento em conservação e ajudar os primatas.

Todo trabalho de pesquisa começou em 1998, e em 2002 conquistou recursos junto ao Ministério do Ambiente e deu início profissionalmente o projeto sauim-de-colera contou Marcelo.

“Tentar entender o animal foi essencial na busca de contribuir para que a espécie seja então protegida, o projeto tem um viveiro de mudas de plantas nativas, dando prioridade para as plantas que o sauim usa como alimento e abrigo. Mas não somente estas, porque a floresta onde eles vivem possuem diversidades e eles precisam desse contato”. afirmou

Distribuição geográfica

São aproximadamente trinta mil primatas distribuídos entres os dois municípios e a capital. Essa afirmativa foi realizada há algum tempo e desse período até hoje a espécie vem perdendo seu espaço para outro primata, o sauim mãos douradas, que vem avançando do interior competindo na tomada de território. Dentro da área de distribuição o desmatamento ainda é um dos piores agravantes na perda de espaço, o crescimento urbano está se expandindo trazendo consequências para a espécie.

O processo de reprodução do animal ocorre de uma a duas vezes por ano, sendo 2 filhotes a cada vez, medindo 23 cm de corpo e 38 cm de cauda e o peso varia em torno de 450g.

Predadores

Gaviões e jiboias são os principais inimigos dos sauins. Já na cidade segundo Marcelo, os atropelamentos são os grandes vilões, “afirma que inclusive no campus acontece as mortes, os animais morrem bestamente ao se descolar de um local para outro”. Por ano a estimativa é de seis a dez bichos vítimas de acidentes.

Conservação da espécie

Ainda segundo Marcelo, esse ano juntamente com a prefeitura do campus há o desejo de implantar redutores de velocidade e aumentar a quantidade de passagens de faunas e plantios de árvores direcionadas para se conectar as copas, criando uma passagem para que o animal possa circular tranquilamente sem ter que descer no chão, e assim diminuir as mortes por atropelamento.

A população pode ajudar na preservação do suim-de-colera denunciando invasões de áreas verdes e de preservação permanente (APP), barrancos e beira de igarapés, são locais onde o bicho circula enfatizou.