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para onde vai o seu lixo?

LIXO NOS IGARAPÉS DE MANAUS

Cerca de R$ de 70 milhões foram gastos com a remoção de lixo nos igarapés, apesar do número alarmante. Ainda existem uma grande quantidade de material que é descartado incorretamente todos os dias.

O lixo descartado pela população traz consequências para a saúde das pessoas, dos igarapés, e da econômia municipal. nos últimos  seis anos e meio , a prefeitura da cidade de Manaus registrou quase 70 milhões em gastos para a retirada de 47 mil toneladas de lixos nos igarapés.

 O mal manuseio desse lixo e o caminho em que ele faz até chegar nos chamados aterros sanitários, é de suma importãncia para que não venha trazer impactos ambientais para a sociedade.

Dados da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) revelam que de janeiro a abril deste ano já foram retiradas 3.214 toneladas de resíduos dos igarapés, superior ao ano passado, com 3.116 toneladas.

 Além da ação diária dos agentes de limpeza, a prefeitura também tem reforçado as atividades de conscientização em todos os bairros da capital, alertando a população sobre a importância de não se jogar lixo nas ruas ou margens dos igarapés. Equipes de educação ambiental e o grupo teatral da Semulsp ‘Garis da Alegria’ fazem esse trabalho de sensibilização.

 

SEMULSP

Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos é responsável por formular e implementar a política de limpeza pública através de métodos de coleta convencional e seletiva nas áreas de atuação municipal. Integram os serviços de Limpeza Pública: Varrição, Capinação e Roçagem, Jardinagens. Poda e corte de árvore, pintura de guias, limpeza de igarapés, limpeza de terminais rodoviários e banheiros.

Os serviços de Coleta, Transporte e Disposição Final dos Resíduos são realizados pela via da terceirização, enquanto os serviços de Limpeza Pública são realizados diretamente pela Secretaria e também por uma empresa contratada por licitação.

 

LIMPEZA DE IGARAPÉS

O serviço é descrito como sendo o recolhimento dos resíduos sólidos da superfície da água e das margens dos igarapés, e retirada de vegetação aquática para melhorar o escoamento da água, com o uso de botes e balsa com rebocador. Na vazante os resíduos são amontoados nos leitos dos igarapés, com o uso de ferramentas manuais e retirados com padiolas, escavadeira e pá carregadeira.

A seguir a remoção mecânica de todos os resíduos utilizando pá carregadeira, e caminhão basculante e a disposição final no Aterro de Municipal.

Nas bacias de Educandos e São Raimundo, o trabalho de retirada diária de resíduos domésticos e matéria orgânica (incluindo vegetação de crescimento espontâneo nas margens dos igarapés) é realizado com a utilização de 2 (duas) retroescavadeiras hidráulicas, 2 (duas) balsas, 2 (dois) empurradores e 10 (dez) botes.

 

As balsas percorrem os rios enquanto há condições de navegabilidade, ou seja, durante o período de cheia.

Em um espaço de tempo de aproximadamente 15 dias por mês, no turno diurno, a balsa permanece recolhendo os resíduos encontrados, paralelamente, uma equipe de garis atua dentro d’água e nas margens dos igarapés, inclusive nas “pernas” das palafitas, conduzindo o lixo nas proximidades da balsa.

Na etapa final, as embarcações aportam e os resíduos são coletados pelas caçambas pertencentes às Concessionárias e conduzidos até o aterro.

Também é realizado a retirada de lixo nos demais igarapés da cidade, como o do Mestre Chico, o do Franco, o do Mindú, Igarapé do 40, Igarapés da Avenida Brasil, Igarapé do Passarinho, Igarapé do Alvorada dentre outros.

 

Mas como estes igarapés são estreitos a balsa não é utilizada. Os garis atuam tanto na área terrestre quanto dentro d’água. O lixo é captado através de barreiras de contenção e amontoado nas margens dos igarapés para em seguida serem coletados e retirados por caçambas e levado para o Aterro Municipal.

Este serviço é executado somente no horário diurno, com um quantitativo de 87 servidores envolvidos

Estatísticas

De janeiro a julho de 2019 foram realizadas 1.136 ações de limpeza em 130 igarapés e córregos de Manaus, o que resultaram em uma quantidade coletada de 6.541 toneladas de resíduos.

 Este serviço representou uma extensão linear executada de 222 quilômetros, e uma área executada de 4,4 Km2, sendo as densidades de coleta por extensão e coleta iguais a 29,5 toneladas por Km e 1.486,6 toneladas por Km2.

O custo geral ,nesses 7 meses, atingiu a marca de R$ 9.283.490, o que equivale um gasto mensal de   R$ 1.326.213. Como mostra a tabela abaixo:

FOTO: SEMUSP

FONTE: SEMUSP

Deste resumo estatístico, destaca-se que em 2019 atingiu-se a maior média mensal de coleta de resíduos desde 2013, com um aumento de 16,5% em relação ao ano passado, o que representa cerca de 132,6 toneladas por mês a mais de resíduos coletados.Deste resumo estatístico, destaca-se que em 2019 atingiu-se a maior média mensal de coleta de resíduos desde 2013, com um aumento de 16,5% em relação ao ano passado, o que representa cerca de 132,6 toneladas por mês a mais de resíduos coletados. Como também indica este outro gráfico:

FONTE: SEMUSP

Vídeos cedidos por moradores de Manaus 

Em Manaus a maneira em que se é feito o descarte do lixo, é por aterro sanitário, mas você sabe a diferença entre aterro sanitário e lixão?

 

LIXÃO

ATERRO SANITÁRO

O Aterro de Resíduos Sólidos de Manaus é o principal complexo de destino final dos resíduos sólidos urbanos da cidade, com uma área estimada de 66 hectares.

Está localizado no km 19 da rodovia AM-010, posicionado espacialmente através das coordenadas geográficas S02°57'23.86" e W60°00'47.62.

O complexo possui licença ambiental de operação fornecida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas – IPAAM.

De janeiro a agosto de 2019, o aterro de Manaus recebeu 639.308 toneladas de resíduos sólidos urbanos, uma média de 2.630,9 toneladas de resíduos dispostas por dia no aterro, sendo destinados para o aterramento de lixo, Reciclagem e compostagem.

Segundo a Engenheira Florestal Fabiana Rocha, o descarte mal feito do lixo pode ocasionar: doenças causadas por animais especialmente a leptospirose transmitida pelos ratos, grande quantidade de chorume o que acarreta em problemas com a água e no solo, emissão de gases, como metano contribuindo para o efeito estufa e também a poluição visual e hídrica.


Apesar de na Cidade de Manaus o modo de descarte do lixo ser como Aterro sanitário, o modo controlado do elemento ainda não existe, o que pode ser utilizado para uso de energia ainda não está instalado o que  seria o ideal.

Visão aérea do aterro em Manaus

foto cedida pela SEMUSP

Uma outra forma de consequência do descarte inadequado ou da falta de descarte em áreas que necessitam de maior atenção, como em locais próximos a igarapés, são as enchentes registradas com uma maior frequência por moradores dessas áreas, o caso mais recente foi da forte chuva que ocorreu na última sexta-feira (27).

 

 

 Segundo a Semusp, os serviços de Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos são executados, em quase sua totalidade, por duas concessionárias e estão subdivididos, conforme contrato de concessão, em cinco modalidades: Coleta Domiciliar, Remoção Mecânica, Remoção Manual, Coleta de Poda e Coleta Seletiva.

Uma parcela menor do lixo coletado em Manaus é proveniente de terceiros, ou seja, empresas prestadoras de serviços, tais como disk entulhos, construtoras, indústrias, dentre outras, as quais solicitam autorização para descarte de resíduos no aterro sanitário.

São ações conjuntas de limpeza realizadas em localidades de Manaus tais como: Bairros, Conjuntos, Comunidades, Parque Residenciais e outros aglomerados urbanos.  Elas correspondem a execução dos serviços públicos de capinação, raspagem, jardinagem e poda de árvores.

Estas ações são executadas por servidores próprios e terceirizados segundo programação e demandas da população, bem como blitzes da coleta mecanizada, que detecta e recolhe acúmulos irregulares de resíduos.

No caso das ações programadas, os mutirões programados, são realizados os serviços de capinação da vegetação, raspagem de terra e areia, bem como são amontoados todos os resíduos encontrados na via pública ou que foram lançados clandestinamente em vazadouros de lixo ou em áreas verdes. Durante o período de execução dessas atividades, os moradores da comunidade atendida aproveitam a oportunidade e acrescentam resíduos acumulados nos domicílios como entulho, madeira, móveis inservíveis, resíduos vegetais e outros.

Os resíduos gerados pelos mutirões de limpeza são coletados pela remoção mecanizada por meio de caminhões basculantes e pás carregadeiras.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Partindo do princípio de que a solução para o problema do lixo passa pela educação da população, a SEMULSP, por meio das ações da Cedolp (Comissão Especial de Divulgação da Política de Limpeza Pública), prioriza a integração das atividades de sensibilização sobre a Coleta Seletiva, como vetor de conservação ambiental e inclusão social.

Estas ações levam informações sobre destinação dos resíduos sólidos domiciliares, priorizando a participação da comunidade através de escolas e equipes de orientação. 

Um acordo com os lojistas foi realizado de modo que eles sejam responsáveis pela separação do lixo reciclável e posterior entrega, em pontos estratégicos, permitindo que as associações de catadores façam o recolhimento desse material.

A equipe de sensibilização também desenvolveu trabalhos de cunho informativo em relação ao horário e descarte correto de seus resíduos, nas áreas de difícil acesso como Rip-Rap’s e áreas de invasão. Estes são locais onde os resultados serão alcançados a médio e longo prazo.

A engenheira florestal Fabiana Rocha acredita que o primeiro passo para que essas ações possuam sucesso, é a própria educação ambiental o que ainda é pouco feito apesar de todos os esforços, ou seja criar formas adequadas de reutilizar, reciclar e "retrabalhar" o lixo é a maneira que pode nos auxiliar nessa transformação.

 

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imagens cedidos pelos moradores da região

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